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Os gests tecnicos parte 3

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Mensagem  titusonline Dom Fev 03, 2008 5:35 pm

4.2.4 Recepções com bola no solo
Segundo González e Seco (1991), neste tipo de recepções há que ter em conta 4 tipo de recepções com respectivas variáveis condicionais:
“Bola e jogador estáticos”: neste tipo de recepção deve aplicar-se as normas de adaptação à bola, em que o receptor assegura a sua posse com uma ou duas mãos; (fig 14)
“Bola estática e jogador em deslocamento frontal”: neste caso, deve utilizar o procedimento chamado de “colher”, em que o receptor impulsiona a bola para a frente no momento de agarra-la com a mão do braço executor; (fig 15)
“Bola e jogador em movimento, na mesma direcção e sentido diferente”: neste caso o receptor deve aplicar o procedimento referido no ponto anterior; (fig15)
“Bola e jogador em movimento, na mesma direcção e sentido”: aqui, o receptor deve utilizar igualmente o procedimento chamado de “colher”. Mas, neste caso, para assegurar a posse de bola, a acção de impulso deve ser realizada para trás, agarrando a bola com a mão contrária ao braço executor. (fig 16)











Fig 14 fig 15




Fonte: González e Seco (1991)


Fig 16


5. O Drible
O Drible é a “acção técnica que oferece ao jogador o máximo de possibilidades de progressão espacial com bola, que amplia as oportunidades de realizar transições rápidas e de culminar este tempo de acção.” (González e Seco, 1991), permitindo ao jogador a progressão com bola, através de batimentos sucessivos no solo, controlando-a (unicamente com uma mão) com os dedos bem afastados e os pulsos em permanente flexão e extensão. (Costa e Costa, 1999)
Este tipo de acção, marca a estreita relação entre o sujeito e a bola, tanto enquanto habilidades e destrezas como em recursos fundamentais, em função das pausas regulamentares e do seu encadeamento com outros conteúdos técnicos. (González e Seco, 1991)
Citando Folkowski e Enriquez, (1982), o Drible corresponde à “acção de enviar a bola contra o solo, uma ou mais vezes, sem perder o controlo da mesma, para poder continuar progredindo ou para obter resultados benéficos no desenrolar do jogo”. Segundo o mesmo autor (op.cit.), o Drible da bola no Andebol é um recurso que só é utilizado em condições especiais e determinadas.
Segundo González e Seco (1991), o uso indevido desta técnica, pode diminuir a velocidade de jogo, visto que em desportos colectivos a velocidade de transição da bola é a ligação mais rápida e eficaz entre os atacantes, mas, podem surgir condicionantes de jogo que “obriguem” os jogadores a realizar outros recursos técnicos, como é o caso do Drible.

Fonte: Romão, 2005
Fig 17: Drible alto e oblíquo

Componentes críticas
Segundo Romão (2005):
O jogador não deve olhar para a bola, ou olhar o menos possível, de modo a não perder o controlo visual com os restantes elementos do jogo;
A mão deve ser colocada aberta e com a palma da mão virada para o solo;
O jogador enquanto dribla, deve empurrar e amortecer a bola com os dedos (a bola deve ser tratada suavemente);
Ajudar a empurrar a bola para o solo, com o pulso e antebraço. (Romão, 2005)




5.1. Princípios Fundamentais
Citando Bárcenas e Román (1991), o Drible é utilizado quando:
“A distância o cobrir/percorrer pelo jogador é maior do que 3 passos”;
“Perante o obrigatoriedade de jogar a bola (evitar a retenção), quando não se tem companheiro desmarcado a quem passar a bola”;
“Nas situações em que o jogador de efectuar um ajuste ou organização espacial”.
Atendendo à protecção da bola perante um adversário, o uso de ambas as mãos é imprescindível no Drible e, o jogador não deve nunca olhar para a bola enquanto realiza o gesto técnico, mantendo sempre o principio permanente de “campo visual” o mais alargado possível. Em nenhum caso, a utilização do Drible deve diminuir, desnecessariamente o ritmo colectivo de jogo, sendo portanto o Drible, utilizado unicamente em circunstâncias muito próprias. (González e Seco, 1991)

5.2. Classificação
Segundo González e Seco, (1991), o drible é classificado em função de:
Alto Vertical
Em função da altura:
Baixo Oblíquo
Unitário (1 drible)
Em função da distância a percorrer:
Continuado (vários dribles)







Fonte: Medina e Ortín, 2002
Fig 18: Drible unitário e drible continuado.

5.3. Descrição do gesto técnico
5.3.1. Drible alto vertical
Segundo González e Seco (1991):
A cabeça deve permanecer erguida, para obter o máximo de campo visual útil a todo o instante);
O tronco deve encontrar-se em posição normal;
O braço executor deve permanecer com o antebraço ligeiramente flectido sobre o braço e afastado do tronco;
As pernas devem permanecer estendidas normalmente, indistintamente em posição simétrica ou assimétrica, neste último caso, a perna contrária ao braço executor deve encontrar-se ligeiramente adiantada
Durante o controlo da bola, o contacto com a bola é efectuado com a mão aberta, (sendo a superfície de contacto mais importante a correspondente ao dedos e à cara palmar média), com o movimento coordenado com o braço executor, consistente em elevar o antebraço e com a extensão-flexão do pulso como ultimo movimento de contacto com a bola. (fig 18)
Quando se efectua um único drible, a acção é reduzida a um único lançamento contra o solo, logo não existe muita perda de tempo podendo realizar-se de uma forma rápida mas no caso de um drible alto vertical, este não favorece uma progressão rápida, portanto, o deslocamento neste caso só pode realizar-se a andar e não a correr como no caso anterior. (González e Seco, 1991)







Fonte: González e Seco, 1991

Fig 19: Drible alto vertical


5.3.2. Drible Alto Oblíquo
Segundo González e Seco (1991):
Este tipo de drible distingue-se do anterior na medida em que:
O tronco encontra-se ligeiramente inclinado à frente, devido ao facto de se realizar em corrida;
O braço executor na acção do drible é projectado para a frente, sendo que o antebraço se extende mais;
As pernas adoptam a posição de corrida;
Em relação ao controle da bola o impacto com a bola deve ser contundente para se obter uma trajectória suficientemente obliqua e regulada na direcção do deslocamento do jogador, que melhor permita a progressão e o manutenção do ritmo de corrida no momento em que se produza um novo impacto. (fig 19)







Fonte: González e Seco,1991

Fig 20: Drible alto, Oblíquo.

No caso de tratar-se de um drible unitário, o lançamento para o solo num drible alto obliquo deve seguir uma trajectória regulada de acordo com o espaço que o jogador pretende percorrer, para manter a velocidade adequada ao deslocamento. (González e Seco, 1991)






5.3.3. Drible baixo
Segundo González e Seco (1991):
A posição deve manter uma posição cómoda a qual permita obter o melhor campo visual útil;
O tronco encontra-se inclinado, praticamente em semi-flexão;
Em relação ao braço executor, o antebraço encontra-se ligeiramente flectido sobre o braço e afastado do corpo;
As pernas devem estar numa posição assimétrica adiantando a perna contrária ao braço executor. Em comparação com o drible alto obliquo, a flexão é mais acentuada e, acentua-se, de forma regulada, o afastamento das pernas, visto que ao aproximar o tronco do solo colocando o peso do corpo sobre a perna mais adiantada, produz-se uma certa descompensação que pode ser compensada pelo maior afastamento das pernas e assim manter o equilíbrio;
O controlo da bola é realizado por uma acção continuada onde se deve manter as componentes criticas indicadas para o drible alto oblíquo, mas com uma trajectória menos acentuada, visto que devido à posição adoptada pelo jogador não é possível realizar uma progressão demasiado rápida. Um aspecto a ter em conta neste fase tem a ver com a força aplicada na acção de driblar, que, neste caso deve diminuir em consideravelmente. (fig 21)






Fonte: González e Seco,1991

Fig 21: drible baixo





6. Remate
Citando Martini (1980), “consideram-se remates à baliza, todos os lançamentos que têm como objectivo marcar golo”. Segundo Antón (1993), o remate é a acção de impulsionar a bola para a baliza com um objectivo lógico, superar o guarda-redes e consequentemente marcar golo.
Segundo González e Seco (1991), o remate ou lançamento à baliza “ é a acção técnica através da qual culmina o jogo de ataque; resulta da coordenação das acções colectivas, e gestos técnicos dos jogadores no ataque que dirigem os seus esforços a obtenção do golo, considerado como objectivo fundamental”.

6.1. Princípios Fundamentais
Citando González e Seco (1991), o lançamento deve ser rápido atendendo aos seguintes aspectos:
“Mínimo espaço de tempo na sua execução (movimentos coordenados, realizados à máxima velocidade);
Que a bola percorra a trajectória escolhida no menor tempo possível (realizar a máxima força de impulso necessária para obter a máxima velocidade);
O lançamento deve ser rápido e preciso;
O lançamento deve ser seguro e portanto, as circunstancias devem assegurar a intenção com a maior de êxito possível;
Para aumentar as possibilidades de êxito, o jogador deve dominar, pelos menos, dois tipos de lançamentos à baliza.”

6.2. O remate na passada
O remate na passada pode ser executado de duas formas: “em corrida com a perna do lado do braço do remate à frente ou no momento em que o peso do corpo está todo em cima dela” ou “com os passos de balanço” (Martini, 1980)
Ambas as formas de remate são usadas frequentemente, e especialmente a segunda, com passos de balanço poderá ainda ser efectuada com inúmeras variações. (Martini, 1980)
O remate à baliza em corrida com o apoio do peso do corpo sobre a perna de lado do braço do remate respeita as componentes dum lançamento de ombro que, alem de ser utilizado no passe é também utilizado na concretização do ataque.
Este remate é utilizado no contra-ataque e no ataque, para aproveitar um espaço aberto na defesa, devido à sua execução rápida, tira ao guarda-redes a possibilidade de agir. “O lançamento pode ser executado para o ar, lateralmente e à altura da anca.” (Martini, 1980)
O remate à baliza com passo de apoio, é um remate de ombro, através do qual a bola é lançada de maneira mais violenta. Podem ser utilizados como passos de balanço, o passo saltado, o passo cruzado e o passo cassado. A sequência de movimentos é a mesma do passe da bola com passo de balanço mas para ser mais rigoroso o rematador pode:
Arrancar mais rápido;
Realizar os passos de balanço com uma dimensão máxima;
Lançar a bola com o braço estendido e com força;
Realizar um movimento de balanço longo com torção máxima do corpo;
Inclinar o tronco para a frente;
Conduzir a bola com a mão do lançamento durante o máximo de tempo possível;
Realizar o último impulso com o pulso (polegar, indicador e dedo médio). (Martini, 1980)

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