Análise dos Elementos Técnicos do Andebol (ataque)
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Análise dos Elementos Técnicos do Andebol (ataque)
1. Os Gestos Técnicos no Ataque
1.1. As movimentações dos jogadores
Segundo MARTINI (1980), entende-se os movimentos dos jogadores no terreno de jogo como uma “ …quantidade de processos técnicos com a ajuda dos quais o jogador se movimenta no campo, sem e com bola, para participar no jogo.” Assim, pressupõe-se uma preparação activa e consciente para estar à altura das exigências.
1.2. Desmarcação
A desmarcação é a “ acção de surpresa que resulta na ocupação de um espaço livre, iludindo o defensor que o marcava, (…) realiza-se sem a posse de bola e exige um domínio de deslocamentos e sobretudo de mudanças de direcção e de ritmo.” (ROMÃO, 2006).
Segundo MARTINI (1980) a desmarcação é utilizada pelos jogadores para se libertarem do adversário e ao realizar tal acção, correr para o espaço livre para poder receber a bola e lançar à baliza ou de outra forma participar no jogo. A desmarcação permite ao jogador alargar o espaço defensivo ocupado pelo adversário e assim criar-lhe alguma instabilidade defensiva por movimentações constantes.
Requisitos necessários:
- Ajuste corporal relacionado com a coordenação dinâmica geral;
- Ajuste corporal relacionado com a estruturação espácio-temporal. (MEDINA e ORTIN, 2002)
Princípios Fundamentais (MEDINA e ORTÌN, 2002):
- Nunca fixar o local para onde se pretende realizar a desmarcação;
- Deve realizar-se em momentos e lugares oportunos;
- Deve realizar-se com uma distância adequada para evitar contactos físicos
Eleição: “Lei das Distâncias”
Indícios:
- Situação de oponente directo;
- Situação de linha de passe;
- Situação jogador sem bola – oponente directo – receptor.
Fonte: ROMÃO (2006)
fig. 1: desmarcação do jogador após passe directo, seguido de recepção e lançamento (passe e entra).
Tipos de desmarcação segundo objectivos:
- Apoio: possibilita a relação entre jogadores;
- Superação: desdobra o oponente em profundidade;
- Protecção: Ocorre perante a impossibilidade de conexão para não perder a posse de bola.
Formas de realização:
-Rectilíneos: quando existe um espaço claro (o defensor não está na linha de remate);
- Curvilíneos: Intenção de ultrapassar e “livrar-se” dos defensores que se encontram na linha de remate;
- Mistos: com varias mudanças de direcção, enganando ou dificultando a acção defensiva. (Medina e Ortín, 2002)
Fonte: Medina e Ortín, 2002.
1.3. Paragem
A paragem é um gesto utilizado pelo atacante para travar de repente uma corrida rápida e assim se livrar, durante alguns momentos, dos seus adversários directos e assim conseguir fugir à sua marcação para realizar determinados gestos atacantes (MARTINI, 1980). Assim, durante um tempo relativamente curto, o jogador fica liberto e pode passar a bola ou rematar à baliza. A paragem pode ser executada por meio de um ou dois passos de travagem ou de um pequeno salto côa as duas pernas. Deve-se dedicar muito tempo à paragem pois da sua execução correcta dependem muitas vezes acções de jogo, especialmente as executadas com bola.
Depois de um deslocamento a paragem é realizada apoiando no solo com força a perna correspondente, como se a intenção se relacionasse com uma progressão para a frente. Em simultâneo efectua-se uma inclinação do tronco à frente para se obter uma reacção regulada no sentido contrário à trajectória adoptada. As paragens podem ser realizadas a um pé, a dois pés ou em salto.
Fonte: GONZALEZ e SECO (1991)
fig. 2: paragem, com um pé, com 2 pés e em salto.
1.4. Deslocamentos
Para GONZALEZ e SECO (1991), o Jogo de Andebol baseia-se essencialmente na antecipação para ocupar espaços no terreno de jogo. A riqueza do jogo exige intervenções múltiplas com implicações espaciais de diferentes tipos: deslocamentos maiores ou menores, mais rápidos ou mais lentos, com diferentes direcções que facilitem maior campo visual, ritmos diferentes, espaços a ocupar, relacionados com toda a dinâmica de alternâncias para “ocupar ou abandonar espaços”, o que obriga a um domínio corporal, sensibilidade global e segmentada do corpo, alternando entre os diferentes tipos de deslocamentos e paragens. Já segundo OLIVER e SOSA (1996), dizem respeito à ocupação de espaços de acção ou à sua criação para os respectivos companheiros.
1.4.1. Deslocamentos ofensivos sem bola:
“Dizem respeito à acção de transferir-se de um local para outro pelo terreno de jogo sem ter a bola na sua posse, tanto dentro como fora do posto específico (…)” (ÀNTON, 1993). Podemos ainda considerar “ (…) os deslocamentos como o suporte de todas as acções, já que uma percentagem altíssima de intervenções se realiza em movimento.” (BÁRCENAS e ROMÁN, 1990). Segundo MEDINA e ORTÌN (2002), os deslocamentos sem bola podem ainda dividir-se em deslocamentos de 3 tipos:
1.4.2. Deslocamentos com mudança de ritmo
São “aqueles deslocamentos que se realizam variando a velocidade do jogador adequando-a a uma determinada situação” (MEDINA e ORTÌN, 2002);
1.4.3. Deslocamentos com mudança de direcção
São “ aqueles deslocamentos que se realizam variando a trajectória do jogador de tal forma que não se realize paragem durante o deslocamento.” (MEDINA e ORTÌN, 2002);
1.4.4. Paragem
A paragem corresponde à “acção de reter-se com equilíbrio corporal durante a realização de um deslocamento” (MEDINA e ORTÌN, 2002).
Os deslocamentos sem bola dependem de determinadas variáveis em função dos objectivos que pretendem atingir, mas deve-se sempre adoptar posições de equilíbrio que beneficiem a aceleração e mudança de ritmo (FALKOWSKI e ENRÌQUEZ, 1982). Os deslocamentos devem sempre realizar-se sem “ (…) nunca perder o campo de visão, seja qual for o tipo de deslocamento adoptado” e deve adoptar-se um deslocamento em função das circunstâncias de jogo (FALKOWSKI e ENRÌQUEZ, 1982).
Segundo BÁRCENAS e ROMÁN (1991) os deslocamentos são definidos em função:
- Da direcção: para a frente, para trás ou laterais;
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
- Do tipo de deslocamento: marcha, corrida ou deslizamento;
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
- Das mudanças de direcção no deslocamento: simples, duplo ou múltiplos.
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
1.5. Descrição dos gestos técnicos, segundo MEDINA e ORTIN (2002)
a) Deslocamento frontal para a frente
- Cabeça: abranger o maior campo visual;
- Tronco: ligeira inclinação para a frente;
- Mãos: em atitude de recepção da bola;
- Braços: semi-flectidos, com o bordo radial orientado para cima e afastados ligeiramente do tronco. Acentuando a orientação para a bola;
- Pernas: realizam passos mais ou menos largos em função do espaço e da velocidade de deslocamento. A perna responsável pela paragem está mais adiantada na direcção do deslocamento. A perna responsável pela mudança de direcção será a mais afastada da nova direcção adoptada;
- Pés: a superfície de contacto com o solo é o metatarso e dedos.
b) Deslocamento frontal para trás
- Cabeça: abranger o maior campo visual;
- Tronco: como responsável por manter o equilíbrio, adopta uma posição quase vertical;
- Mãos: em atitude de recepção da bola;
- Braços: semi-flectidos, com o bordo radial orientado para cima e ligeiramente afastados do tronco. Acentuando a orientação para o bola;
- Pernas: realizam passos cómodos cuja longitude está limitada pelo equilíbrio. A paragem realiza-se com a perna mãos adiantada na direcção do deslocamento. A perna responsável pala mudança de direcção será a mais afastada da nova direcção;
- Pés: em contacto com o solo.
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
c) Deslocamentos laterais
- Cabeça: abranger o maior campo visual;
- Tronco: ligeiríssima flexão para a frente;
- Mãos: em atitude de recepção da bola;
- Braços: semi-flectidos, com o bordo radial orientado para cima e ligeiramente afastados do tronco. Acentuando a orientação para o bola;
- Pernas: realizam passos de longitude variada em função da velocidade e do espaço. A perna responsável pela paragem e neste caso mudança de direcção, é a mais adiantada na direcção do deslocamento.
d) Mudança de sentido sem variar a orientação
- Nos deslocamentos para afrente e para trás, a perna de impulso será a direita ou esquerda, indistintamente (a-b)
- Nos deslocamentos laterais, a perna esquerda para o lado direito (c) e a direita para o lado esquerdo (d).
e) Mudança de direcção sem variar a orientação
a. Perna de impulso, a esquerda
b. Perna de impulso, a direita
c. Perna de impulso, a esquerda
d. Perna d impulso, a direita.
f) Mudança de direcção e mudança de sentido variando a orientação
- Deslocamento frontal e lateral, ” (…) é impulsionado com a perna mais adiantada em relação à direcção adoptada, antes de produzir-se a mudança de direcção ou sentido. Coincidindo com o impulso, realiza-se um giro com o pé correspondente para realizar-se a mudança de orientação.” (MEDINA e ORTIN, 2002)
Fonte: MEDINA e ORTÍN (2002)
1.6. Deslocamentos ofensivos com bola
Segundo ÁNTÓN (1993) são “ (…) aquelas formas de movimento do jogador pelo espaço de jogo mantendo a posse de bola ajustado às condições regulamentares, e sem utilizar o drible”. Segundo o mesmo autor podem dividir-se em Deslocamentos Fundamentais que correspondem a “ todos aqueles deslocamentos que terminam com a perna contrária ao braço executor mais adiantada” (ÁNTÓN 1993) e Deslocamentos Especiais que correspondem a “ todos aqueles deslocamentos que terminam com a perna do mesmo lado do braço executor mas mais adiantada.” (ÁNTÓN 1993)
Segundo OLIVER e SOSA (1996), os deslocamentos com bola são utilizados para “ criar espaços de actuação próprios ou para os companheiros com bola dentro dos preceitos regulamentares”.
1.6.1. Descrição do gesto técnico
Segundo BÁRCENAS e ROMÁN (1991):
- Braços e mãos: afastam a bola do defensor (protecção) aproximando-o ao tronco. Durante um possível drible, deve realizar-se com a mão mais afastada do defensor;
- Pés: quando a recepção se dá com qualquer pé no ar, deve-se regulamentarmente ter em conta:
2 pés no solo: encontra-se no ponto 0. O primeiro contacto corresponde ao primeiro passo.
1 pé no ar: pé em contacto no ponto 0. Quando o pé do ar contactar com o solo dá-se o primeiro passo.
2 pés no ar: queda alternada. O primeiro contacto corresponde ao ponto 0, o segundo contacto corresponde ao primeiro passo. No caso de queda em simultâneo, os 2 pés contactam o solo ao mesmo tempo e corresponde ao ponto 0, o segundo contacto corresponde ao primeiro passo.
Segundo BÁRCENAS e ROMÁN (1991) e de acordo com a regra 7:3 (anexo 1), considera-se passo quando:
Um jogador com os dois com os 2 pés em contacto com o solo, levanta um e volta a colocá-lo no solo ou desloca um;
Quando um jogador com um pé no solo, recebe a bola e toca na continuação com outro pé;
Quando um jogador em suspensão toca no solo com um pé e volta a saltar sobre o mesmo pé ou toca no solo com o segundo pé;
Quando um jogador em suspensão toca no solo com os 2 pés em simultâneo e levanta um pé e volta a colocá-lo no solo ou desloca o outro pé.
1.6.2. O ciclo de passos
Segundo MEDINA e ORTÍN (2002), 1 ciclo corresponde a 3 passos do jogador com bola sem realizar drible. “Diz respeito às possibilidades regulamentares que o jogador com bola tem em utilizar, 1, 2 ou 3 passos.” (MEDINA e ORTÍN, 2002). Se o jogador nesta fase recorrer ao drible em qualquer momento, é possibilitada a execução de um novo ciclo. A partir daqui não existem mais possibilidades de realizar outros ciclos.
Exemplo máximo de possibilidades:
3 passos (1 ciclo) + Drible + 3 passos (novo ciclo)
1.1. As movimentações dos jogadores
Segundo MARTINI (1980), entende-se os movimentos dos jogadores no terreno de jogo como uma “ …quantidade de processos técnicos com a ajuda dos quais o jogador se movimenta no campo, sem e com bola, para participar no jogo.” Assim, pressupõe-se uma preparação activa e consciente para estar à altura das exigências.
1.2. Desmarcação
A desmarcação é a “ acção de surpresa que resulta na ocupação de um espaço livre, iludindo o defensor que o marcava, (…) realiza-se sem a posse de bola e exige um domínio de deslocamentos e sobretudo de mudanças de direcção e de ritmo.” (ROMÃO, 2006).
Segundo MARTINI (1980) a desmarcação é utilizada pelos jogadores para se libertarem do adversário e ao realizar tal acção, correr para o espaço livre para poder receber a bola e lançar à baliza ou de outra forma participar no jogo. A desmarcação permite ao jogador alargar o espaço defensivo ocupado pelo adversário e assim criar-lhe alguma instabilidade defensiva por movimentações constantes.
Requisitos necessários:
- Ajuste corporal relacionado com a coordenação dinâmica geral;
- Ajuste corporal relacionado com a estruturação espácio-temporal. (MEDINA e ORTIN, 2002)
Princípios Fundamentais (MEDINA e ORTÌN, 2002):
- Nunca fixar o local para onde se pretende realizar a desmarcação;
- Deve realizar-se em momentos e lugares oportunos;
- Deve realizar-se com uma distância adequada para evitar contactos físicos
Eleição: “Lei das Distâncias”
Indícios:
- Situação de oponente directo;
- Situação de linha de passe;
- Situação jogador sem bola – oponente directo – receptor.
Fonte: ROMÃO (2006)
fig. 1: desmarcação do jogador após passe directo, seguido de recepção e lançamento (passe e entra).
Tipos de desmarcação segundo objectivos:
- Apoio: possibilita a relação entre jogadores;
- Superação: desdobra o oponente em profundidade;
- Protecção: Ocorre perante a impossibilidade de conexão para não perder a posse de bola.
Formas de realização:
-Rectilíneos: quando existe um espaço claro (o defensor não está na linha de remate);
- Curvilíneos: Intenção de ultrapassar e “livrar-se” dos defensores que se encontram na linha de remate;
- Mistos: com varias mudanças de direcção, enganando ou dificultando a acção defensiva. (Medina e Ortín, 2002)
Fonte: Medina e Ortín, 2002.
1.3. Paragem
A paragem é um gesto utilizado pelo atacante para travar de repente uma corrida rápida e assim se livrar, durante alguns momentos, dos seus adversários directos e assim conseguir fugir à sua marcação para realizar determinados gestos atacantes (MARTINI, 1980). Assim, durante um tempo relativamente curto, o jogador fica liberto e pode passar a bola ou rematar à baliza. A paragem pode ser executada por meio de um ou dois passos de travagem ou de um pequeno salto côa as duas pernas. Deve-se dedicar muito tempo à paragem pois da sua execução correcta dependem muitas vezes acções de jogo, especialmente as executadas com bola.
Depois de um deslocamento a paragem é realizada apoiando no solo com força a perna correspondente, como se a intenção se relacionasse com uma progressão para a frente. Em simultâneo efectua-se uma inclinação do tronco à frente para se obter uma reacção regulada no sentido contrário à trajectória adoptada. As paragens podem ser realizadas a um pé, a dois pés ou em salto.
Fonte: GONZALEZ e SECO (1991)
fig. 2: paragem, com um pé, com 2 pés e em salto.
1.4. Deslocamentos
Para GONZALEZ e SECO (1991), o Jogo de Andebol baseia-se essencialmente na antecipação para ocupar espaços no terreno de jogo. A riqueza do jogo exige intervenções múltiplas com implicações espaciais de diferentes tipos: deslocamentos maiores ou menores, mais rápidos ou mais lentos, com diferentes direcções que facilitem maior campo visual, ritmos diferentes, espaços a ocupar, relacionados com toda a dinâmica de alternâncias para “ocupar ou abandonar espaços”, o que obriga a um domínio corporal, sensibilidade global e segmentada do corpo, alternando entre os diferentes tipos de deslocamentos e paragens. Já segundo OLIVER e SOSA (1996), dizem respeito à ocupação de espaços de acção ou à sua criação para os respectivos companheiros.
1.4.1. Deslocamentos ofensivos sem bola:
“Dizem respeito à acção de transferir-se de um local para outro pelo terreno de jogo sem ter a bola na sua posse, tanto dentro como fora do posto específico (…)” (ÀNTON, 1993). Podemos ainda considerar “ (…) os deslocamentos como o suporte de todas as acções, já que uma percentagem altíssima de intervenções se realiza em movimento.” (BÁRCENAS e ROMÁN, 1990). Segundo MEDINA e ORTÌN (2002), os deslocamentos sem bola podem ainda dividir-se em deslocamentos de 3 tipos:
1.4.2. Deslocamentos com mudança de ritmo
São “aqueles deslocamentos que se realizam variando a velocidade do jogador adequando-a a uma determinada situação” (MEDINA e ORTÌN, 2002);
1.4.3. Deslocamentos com mudança de direcção
São “ aqueles deslocamentos que se realizam variando a trajectória do jogador de tal forma que não se realize paragem durante o deslocamento.” (MEDINA e ORTÌN, 2002);
1.4.4. Paragem
A paragem corresponde à “acção de reter-se com equilíbrio corporal durante a realização de um deslocamento” (MEDINA e ORTÌN, 2002).
Os deslocamentos sem bola dependem de determinadas variáveis em função dos objectivos que pretendem atingir, mas deve-se sempre adoptar posições de equilíbrio que beneficiem a aceleração e mudança de ritmo (FALKOWSKI e ENRÌQUEZ, 1982). Os deslocamentos devem sempre realizar-se sem “ (…) nunca perder o campo de visão, seja qual for o tipo de deslocamento adoptado” e deve adoptar-se um deslocamento em função das circunstâncias de jogo (FALKOWSKI e ENRÌQUEZ, 1982).
Segundo BÁRCENAS e ROMÁN (1991) os deslocamentos são definidos em função:
- Da direcção: para a frente, para trás ou laterais;
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
- Do tipo de deslocamento: marcha, corrida ou deslizamento;
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
- Das mudanças de direcção no deslocamento: simples, duplo ou múltiplos.
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
1.5. Descrição dos gestos técnicos, segundo MEDINA e ORTIN (2002)
a) Deslocamento frontal para a frente
- Cabeça: abranger o maior campo visual;
- Tronco: ligeira inclinação para a frente;
- Mãos: em atitude de recepção da bola;
- Braços: semi-flectidos, com o bordo radial orientado para cima e afastados ligeiramente do tronco. Acentuando a orientação para a bola;
- Pernas: realizam passos mais ou menos largos em função do espaço e da velocidade de deslocamento. A perna responsável pela paragem está mais adiantada na direcção do deslocamento. A perna responsável pela mudança de direcção será a mais afastada da nova direcção adoptada;
- Pés: a superfície de contacto com o solo é o metatarso e dedos.
b) Deslocamento frontal para trás
- Cabeça: abranger o maior campo visual;
- Tronco: como responsável por manter o equilíbrio, adopta uma posição quase vertical;
- Mãos: em atitude de recepção da bola;
- Braços: semi-flectidos, com o bordo radial orientado para cima e ligeiramente afastados do tronco. Acentuando a orientação para o bola;
- Pernas: realizam passos cómodos cuja longitude está limitada pelo equilíbrio. A paragem realiza-se com a perna mãos adiantada na direcção do deslocamento. A perna responsável pala mudança de direcção será a mais afastada da nova direcção;
- Pés: em contacto com o solo.
Fonte: MEDINA e ORTÌN, 2002
c) Deslocamentos laterais
- Cabeça: abranger o maior campo visual;
- Tronco: ligeiríssima flexão para a frente;
- Mãos: em atitude de recepção da bola;
- Braços: semi-flectidos, com o bordo radial orientado para cima e ligeiramente afastados do tronco. Acentuando a orientação para o bola;
- Pernas: realizam passos de longitude variada em função da velocidade e do espaço. A perna responsável pela paragem e neste caso mudança de direcção, é a mais adiantada na direcção do deslocamento.
d) Mudança de sentido sem variar a orientação
- Nos deslocamentos para afrente e para trás, a perna de impulso será a direita ou esquerda, indistintamente (a-b)
- Nos deslocamentos laterais, a perna esquerda para o lado direito (c) e a direita para o lado esquerdo (d).
e) Mudança de direcção sem variar a orientação
a. Perna de impulso, a esquerda
b. Perna de impulso, a direita
c. Perna de impulso, a esquerda
d. Perna d impulso, a direita.
f) Mudança de direcção e mudança de sentido variando a orientação
- Deslocamento frontal e lateral, ” (…) é impulsionado com a perna mais adiantada em relação à direcção adoptada, antes de produzir-se a mudança de direcção ou sentido. Coincidindo com o impulso, realiza-se um giro com o pé correspondente para realizar-se a mudança de orientação.” (MEDINA e ORTIN, 2002)
Fonte: MEDINA e ORTÍN (2002)
1.6. Deslocamentos ofensivos com bola
Segundo ÁNTÓN (1993) são “ (…) aquelas formas de movimento do jogador pelo espaço de jogo mantendo a posse de bola ajustado às condições regulamentares, e sem utilizar o drible”. Segundo o mesmo autor podem dividir-se em Deslocamentos Fundamentais que correspondem a “ todos aqueles deslocamentos que terminam com a perna contrária ao braço executor mais adiantada” (ÁNTÓN 1993) e Deslocamentos Especiais que correspondem a “ todos aqueles deslocamentos que terminam com a perna do mesmo lado do braço executor mas mais adiantada.” (ÁNTÓN 1993)
Segundo OLIVER e SOSA (1996), os deslocamentos com bola são utilizados para “ criar espaços de actuação próprios ou para os companheiros com bola dentro dos preceitos regulamentares”.
1.6.1. Descrição do gesto técnico
Segundo BÁRCENAS e ROMÁN (1991):
- Braços e mãos: afastam a bola do defensor (protecção) aproximando-o ao tronco. Durante um possível drible, deve realizar-se com a mão mais afastada do defensor;
- Pés: quando a recepção se dá com qualquer pé no ar, deve-se regulamentarmente ter em conta:
2 pés no solo: encontra-se no ponto 0. O primeiro contacto corresponde ao primeiro passo.
1 pé no ar: pé em contacto no ponto 0. Quando o pé do ar contactar com o solo dá-se o primeiro passo.
2 pés no ar: queda alternada. O primeiro contacto corresponde ao ponto 0, o segundo contacto corresponde ao primeiro passo. No caso de queda em simultâneo, os 2 pés contactam o solo ao mesmo tempo e corresponde ao ponto 0, o segundo contacto corresponde ao primeiro passo.
Segundo BÁRCENAS e ROMÁN (1991) e de acordo com a regra 7:3 (anexo 1), considera-se passo quando:
Um jogador com os dois com os 2 pés em contacto com o solo, levanta um e volta a colocá-lo no solo ou desloca um;
Quando um jogador com um pé no solo, recebe a bola e toca na continuação com outro pé;
Quando um jogador em suspensão toca no solo com um pé e volta a saltar sobre o mesmo pé ou toca no solo com o segundo pé;
Quando um jogador em suspensão toca no solo com os 2 pés em simultâneo e levanta um pé e volta a colocá-lo no solo ou desloca o outro pé.
1.6.2. O ciclo de passos
Segundo MEDINA e ORTÍN (2002), 1 ciclo corresponde a 3 passos do jogador com bola sem realizar drible. “Diz respeito às possibilidades regulamentares que o jogador com bola tem em utilizar, 1, 2 ou 3 passos.” (MEDINA e ORTÍN, 2002). Se o jogador nesta fase recorrer ao drible em qualquer momento, é possibilitada a execução de um novo ciclo. A partir daqui não existem mais possibilidades de realizar outros ciclos.
Exemplo máximo de possibilidades:
3 passos (1 ciclo) + Drible + 3 passos (novo ciclo)
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